domingo, 24 de janeiro de 2010

orelha

era dia trinta e um de dezembro, quinze para a meia noite e nos aproximávamos de puerto madero, onde iríamos ver os fogos em buenos aires. não sabíamos exatamente onde era, embora já estivéssemos muito próximos. ele se aproximou de um guarda e perguntou: "onde queda la orilla del río?" achei tão bonita a orilla del río e já fiquei imaginando o borges nos esperando na orilla para celebrarmos juntos o ano novo e ele diria: "acá, en esta orilla del plata, estuvieron los ancestrales de los espejos, de las pirámides y de los laberintos alquimicos. en este año que empieza ahora, la certidumbre del tiempo es como las olas del mar". mas borges não estava lá. só havia um bando de turistas brasileiros chatos gritando besteiras insuportáveis nas nossas orillas.

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