sexta-feira, 8 de julho de 2011

consumo

consumir: mercadorias, lugares, obras de arte, é manter-se como centro da circulação das coisas e do tempo no mundo. a cada sensação de consumo realizado, é como se as coisas, o objeto consumido, mesmo que seja uma paisagem, tivesse sido feito exclusivamente para o eu. o tempo passou e tudo aconteceu para redundar no corolário final: o eu. depois que o eu consome aquilo, tudo bem, aquilo já pode deixar de existir. pode desaparecer, se quiser.

3 comentários:

  1. parece-me que consumir é uma tentativa de transformar o ter em ser, na fantasia de que o baile da meia noite a transforme em princesa nem que seja por instantes, e quando o relógio toca tudo volta a ser como era antes. Passageiro.

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  2. Há tempos não consumia essa bela palavra. Talvez eu passe todo este sábado azul assoprando ela: C O R O L Á R I O...

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  3. A vida hodierna se resume aos padrões impostos por uma economia de mercado na qual o dito cidadão adquira status por meio de produtos, não pela capacidade de lutar por um bem comum a todos. Assim caminha a humanidade.

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