quarta-feira, 30 de novembro de 2011

fanfarra

gustav mahler contou a sigmund freud que uma vez, na adolescência, ficou muito perturbado ao testemunhar uma briga violenta entre seus pais e saiu de casa chorando e batendo a porta dramaticamente. assim que pisou na rua, uma fanfarra passava tocando uma marcha militar. para ele, esse contraste entre a tragédia interna e a indiferença cotidiana foi fatal. não conseguia mais compor nada dramático sem que houvesse a interferência indesejada do popular, do baixo. a fanfarra seguia normalmente, ignorante dos problemas daquele eu em desasossego e foi isso, talvez, o que lhe permitiu criar o que agora os críticos consideram como uma mistura única do alto e do baixo.

3 comentários:

  1. Cara escritora,
    Estou com um novo blog: CINZAS E DIAMANTES. Já linkei o seu blog nele. Desta vez falo sobre literatura, história, política, comportamento, música, teatro e muito mais.
    Apareça! Abraço bom!

    Cinzas e Diamantes

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  2. Canção da Terra: Wenn nur ein Traum das Leben ist, warum denn Muh´und Plag? (se a vida não passa de um sonho, para quê o trabalho e o tormento?)

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  3. Esse momento é muito bem mostrado na 2a simfonia dele... o grande mestre.

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