segunda-feira, 19 de agosto de 2013

húngaro

 o que eu mais queria mesmo era saber húngaro. húngaro, húngaro, minha língua ainda mais minha porque não a domino. mas ninguém domina uma língua. são como montanhas, cachoeiras, vulcões: indomáveis. gostaria de chegar próxima do húngaro como um domador de leão. olhá-la no fundo da bocarra e quase me deixar devorar, para então retirar minha cabeça e olhá-la de frente com reverência. húngaro, me ensine a dizer bom dia e a ler branca de neve em você?

2 comentários:

  1. Hungria, Budapeste. lacunas de história que não me perdoo. agora não é mais a britânica, e sim Wikipédia!mas não sei abrir janelas numa só tela. outra lacuna. Quem me ocorre é Sandor Ferenczi, húngaro, psicanalista, bastante interessante na sua atividade clinica. Queria achar algum de seus livros , mas desde que mudei, em novembro do ano passado, tem sido difícil achar qualquer coisa. Quando acontece, vira "um achado". Quem sabe, a Hungria ajuda?

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  2. brindemo-nos, pois com um fragmento de um poema húngaro:
    ENDRE ADY (1877-1919)

    RECORDAÇÃO DE UMA NOITE DE VERÃO

    Do alto do céu um anjo enraivecido
    tocou o alarme para a terra triste.
    Endoidaram cem jovens pelo menos,
    caíram pelo menos cem estrelas,
    pelo menos cem virgens se perderam:
    foi uma estranha,
    estranhíssima noite de verão.
    Nossa velha colméia pegou fogo,
    nosso potro melhor quebrou a pata,
    os mortos, no meu sonho, estavam vivos
    e Burkus, nosso cão fiel, sumiu,
    nossa criada Mári, que era muda...

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