terça-feira, 29 de outubro de 2013

catástrofe

georges didi-huberman, em sua análise sobre algumas fotos tiradas, em situação de grande risco, em auschwitz, diz que não devemos nos satisfazer com a noção de que a catástrofe foi -e é - inimaginável. precisamos imaginá-la, torná-la imaginável. a ideia do irrepresentável pode também funcionar como um escudo para o esquecimento. da mesma forma, não penso que depois de auscwitz não é mais possível escrever poemas. ao contrário, acho que, depois daquilo, só é possível escrever poemas.

2 comentários:

  1. O riso também entra nesse processo de aceitação e digestão?
    Talvez só seja possível escrever poemas, e, depois, piadas.
    Sei lá...

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  2. dessa vez eu não queria concordar com ela (Clarice L.), mas não tem como: "procurar a expressão, por uma vida inteira que fosse,seria em si um divertimento,amargo e perplexo, mas divertimento, e seria uma divergência que pouco a pouco os afastaria da perigosa verdade _ e os salvaria.", em A Mensagem.

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