quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

congresso

ser adulto implica o aprendizado do não. ninguém há de discordar disso. é a assimilação dos limites, da possibilidade de cercar o desejo infantil - sempre à espera de uma brechinha - de ser totalmente realizado, atendido, recebido. por isso, ser adulto tem a ver, necessariamente, com elegância, que vem de "eligere", que é essa dor (e a delícia difícil) da escolha fina, de não poder ter e ser tudo o que se deseja. e é isso o que falta ao nosso congresso infantiloide, com sede de plenitude sem limite: elegância. o aprendizado operoso de ser adulto.

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